AUTOESTIMA advém do latim “aestimare” que significa avaliar: é a capacidade para valorizar a nós mesmos; reconhecer e aceitar nossos dons, capacidades e desenvolver o amor-próprio; é o conjunto de crenças e atitudes que você tem em relação a si mesmo e ao pensamento de outros com relação às suas capacidades; é o olhar juízo que fazemos de nós próprios; é a opinião e o sentimento que cada pessoa tem por si mesma de aceitação e apreço por si próprio; é o que eu penso e sinto sobre mim mesmo, não o que o outro pensa e sente sobre mim; é o estado de paz consigo mesmo, com os outros, com Deus e com a natureza; é estar no controle aqui a agora; é a forma como vê o mundo na auto-avaliação, aceitação incondicional de si, sem juízo destrutivo; é o julgamento que se faz sobre sua capacidade de lidar com os desafios da vida, entender e dominar os problemas e sobre o direito de ser feliz, respeitar e defender seus interesses e necessidades; é o nível de apropriação que temos com relação à vida e às exigências que ela nos coloca; é acreditar que vamos “dar conta” da vida e termos sucesso; é saber que você tem direito e merece ser feliz; é amor por si mesmo; é o que sentimos sobre o que somos ou imaginamos que somos (tem por base o amor próprio, Interação afectiva que desenvolvemos os nossos sentimentos positiva ou negativamente e construímos a nossa imagem ). “Um profundo e verdadeiro amor pela própria pessoa e uma auto-aceitação genuína que resultam num sentido interior de celebração. É bom ser eu mesmo...estou muito feliz por ser eu!”(John Powell). “É a qualidade de quem se valoriza, se contenta com seu modo de ser e demonstra, consequentemente, confiança em seus atos e julgamentos.”(Dicionário Houaiss).
AUTOESTIMA é algo formado desde muito cedo, na barriga da mãe e continua durante o processo de desenvolvimento infantil. A partir da maneira como as outras pessoas nos olham (as experiências do passado exercem grande influência significativa na autoestima quando adultos). Os primeiros passos são dados após o nascimento com a consciência de si próprio. Por volta dos oito anos às crianças criam uma representação psicológica global da sua pessoa sendo capazes de dizer quem são mediante diferentes características (aspecto físico, traços de carácter e descrição dos traços emotivos). Começam por ter percepção das suas invariâncias e compreendem que são os mesmos nas diferentes etapas da sua vida. Os pais funcionam como espelhos, na medida em que vão desenvolvendo determinadas imagens ao filho (se os pais tem uma perspectiva negativa para com os seus filhos, como por exemplo, colocam-lhes um rótulo de inúteis, estes podem vir a sofrer grandes problemas num futuro próximo, desenvolvendo uma autoestima muito baixa). O olhar que começam a dirigir para o outro constitui a base para a formação da sua futura autoestima. É na confiança dos pais depositada na potencialidade dos filhos que estes encontram alimento para desenvolver a autoconfiança e a crença na própria capacidade. É na avaliação que o indivíduo faz a respeito do seu próprio valor com base em informações de pessoas que ele considera importantes (amigos, família e professores) e nas auto-percepções em diversos domínios (profissional, físico, familiar).
A AUTOESTIMA é uma poderosa necessidade humana que funciona como o “sistema imunológico da consciência” (BRANDEN, 1995). A autovalorização fortalece, dar energia e motivação possibilitando a sensação de satisfação. Os recursos psicológicos para a mudança da sociedade empresarial moderna, faz necessário um elevado padrão de conhecimentos e habilidades, assim como um alto nível de autoconfiança e capacidade de tomar iniciativas. Na sociedade atual, temos consciência da importância da autoestima diante da necessidade de serem feitas escolhas inteligentes, da atração entre pessoas cujo nível de autoestima é correspondente. Traduz-se, portanto, no sentimento de competência pessoal e de valor pessoal, no produto da autoconfiança e do auto-respeito. Se uma pessoa se conhece e está consciente de suas mudanças, cria sua própria escala de valores e desenvolve suas capacidades, e se se aceitar e se respeitar, terá uma AUTOESTIMA sadia. No contrário, se uma pessoa não se conhece, tem um conceito pobre de si mesma, não se aceita nem se respeita, então, terá uma baixa AUTOESTIMA. Portanto, a AUTOESTIMA é a síntese em outros grandes “ingredientes”, são eles:
AUTO-CONHECIMENTO: é conhecer as partes que compõem o eu, quais são suas manifestações, necessidades e habilidades. É conhecer o porque e como atua e sente a pessoa. Ao conhecer todos os seus elementos, que logicamente não funcionam separadamente, mas que se entrelaçam para se apoiarem um no outro, a pessoa poderá ter uma personalidade forte e unificada. Se uma dessas partes funciona de maneira deficiente, as outras se verão afetadas e sua personalidade será débil e dividida, com sentimentos de ineficiência e desvalorização.
AUTO-CONCEITO: é uma série de crenças sobre si mesmo, que se manifesta na conduta. Se alguém acredita ser tonto, atuará como tonto, se acredita ser inteligente ou apto, atuará como tal.
AUTO-AVALIAÇÃO: reflete a capacidade interna de avaliar as coisas como sendo boas, se são boas para a pessoa, se lhe satisfazem, são interessantes ou enriquecedoras, lhe fazem sentir bem e lhe permitem crescer e aprender; e considerá-las como más se são más para as pessoas, não lhe satisfazem, carecem de interesse, lhe trazem dano e não lhe permitem crescer.
AUTO-ACEITAÇÃO: é admitir e reconhecer todas as partes de si mesmo como um fato, como a forma de ser e sentir, já que somente através da aceitação se pode transformar o que é suscetível de ser transformado. Quando uma pessoa aceita a si mesma plenamente e sem condições, tanto se comporta como não se comporta inteligente, correta o competentemente, têm maior disposição para mudar aquilo que possa estar detendo seu crescimento pessoal e a reforçar aquilo que pode ajudá-la a ser melhor a cada dia.
AUTO-RESPEITO: é atender e satisfazer as próprias necessidades e valores. É expressar e manejar de forma conveniente sentimentos e emoções, sem provocar-se danos nem culpar-se; é buscar e valorizar tudo aquilo que o faça sentir-se orgulhoso de si próprio.
AUTOESTIMA determina o nível de felicidade. Você se aceitando os outros também lhe aceitam. Cada um é uma semente que só tem a crescer. O que conta não é o que acontece com você, mas como você reage ao que acontece com você. “Tenho de viver comigo mesmo, por isso Eu mesmo quero saber que sou aceitável. Quero caminhar de cabeça erguida, Quero merecer o respeito de todos. Não quero nunca ter que me esconder de mim mesmo. Vejo o que outros talvez nunca vejam. Não posso me enganar nunca. Não importa o que aconteça, quero ter Amor-próprio e a consciência limpa”.(Desconhecido)
“Uma avaliação sóbria de nós mesmos não é feita com base em quão bom somos em comparação com outras pessoas, mas sim, quando nos comparamos com os padrões bíblicos”. (Jay Adams)
Fomos criados a imagem e semelhança de Deus (Gn.1:27): “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”.
Fomos criados com capacidade intelectual (Gn. 2:19): “Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todo o animal do campo, e toda a ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome”
Fomos criados para dominar sobre o resto da criação (Gn. 1:28): “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra”.
Fomos feitos um pouco menor que os anjos (Sl. 8:5,6): “Pois pouco menor o fizeste do que os anjos, e de glória e de honra o coroaste. Fazes com que ele tenha domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés”
Fomos feitos poderosos.(Efésio 3:20): “Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera”.
Fomos feitos deuses: (Sl 82:6,7): “Eu disse: Vós sois deuses, e filhos do Altíssimo, todos vós. Todavia, como homens, haveis de morrer e, como qualquer dos príncipes, haveis de cair.”
Somos aquilo que fazemos repetidamente. Quem quiser nascer tem que destruir um mundo, romper com o passado e as tradições já mortas, desvincular-se do meio excessivamente cômodo e seguro da infância para a consequente dolorosa busca da própria razão do existir. (Eclesiastes 9:10): “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma”
“Se procura o caminho fora de si mesmo e tenta praticar as mais variadas formas de exercícios e de bondade, isto é igual a um pobre que calcula dia e noite a fortuna do seu vizinho e não obtém um tostão sequer para si”. (Nitiren Daishonin).
Existe o que sou de verdade e existe o que acredito que sou. Não posso mudar o que sou, mas posso mudar o que acredito que sou”(desconhecido)
“A chave da Paz interior e da vida feliz é a autoestima elevada, pois é ela que está por trás de todo relacionamento bem- sucedido com os outros.” BRIGGS.
“Independentemente de idade, sexo, formação cultural ou instrução e trabalho, todos precisam ter autoestima, pois esta afeta praticamente todos os aspectos da vida, ... as pessoas que se sentem bem consigo mesmas sentem-se bem a respeito da vida. Estão aptas a enfrentar e solucionar os desafios e responsabilidades com confiança”. (Clark; Clemes; Bean , 1995, p. 15)
“ O pior dos males que pode suceder a um homem é pensar mal de si mesmo” Goethe.
“O homem vale tanto quanto o valor que dá a si próprio” François Rabelais
“A liberdade é a possibilidade do isolamento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo” Fernando Pessoa
"Resultado de pesquisa em busca da essência da autoestima por DOURISVAL DE FREITAS CINTRA"